Se trabalhas na área de TI, certamente já te deste conta desta realidade. Existem cada vez mais empresas a contratar profissionais na área, mas o problema é mesmo a falta deles.
Com as empresas nacionais a ter de recorrer cada vez mais ao exterior para recrutar, existe algo que também é afetado por isso: os salários… mas de forma positiva.
Em 2020 um estudo apontava para a falta profissionais de TI na ordem dos 800 a 1 milhão.
Mas existe um ponto a agravar esta situação. Com a pandemia do covid-19 a levar o trabalho remoto a ser mais uma realidade do que alternativa, várias empresas estrangeiras do Reino Unido e Estado Unidos da América, começaram a recrutar profissionais da zona Euro para entrar nos quadros das suas empresas.
Assim sendo, muitos profissionais nacionais, que são dos mais qualificados do mundo, acabam por abandonar as empresas nacionais. Ainda que muitos permaneçam no país, alguns salários de fora tal como a possibilidade de evoluir na carreira, leva muitos a aceitar tais propostas.
Como podem as empresas portuguesas combater este cenário
Na realidade portuguesa, comparativamente a outros cenários, ainda vivemos alguns anos atrás. Hoje muitas empresas gabam-se de terem colocado os seus profissionais em trabalho remoto e que assim querem permanecer. A verdade é que para lá da fronteira, não era novidade antes da pandemia.
Os salários apesar de altos por cá, dada a escassez, também não são salários que possam competir com o estrageiro. É claro que existe diversas exceções, mas num contexto geral essa é a realidade.
Para que as empresas nacionais possam reter talento, e elevar o TI nacional, melhorar estruturas, projetos e lucros, há que dispensar mais dinheiro em salários. Não só os salários serão imperativos numa decisão. A perspetiva de carreira, revisões contratuais anuais entre outras regalias podem entrar no pacote de contratação, dado que nem todas as empresas dispõem de lucros tão expressivos para contratarem bons profissionais.
